Dia 12 de Set - De Torres a Longroño

Acordei cedo com os franceses saindo, pensei que eram 5 mas eram 6:30. Não tomei café, fui comendo pão com queijo e bananas. Saí sozinha da cidade mas logo encontrei pessoas no caminho. Caminho fácil até Viana, cidade muito bonita onde tomei café com leite carissimo, a 1,2 E. Tirei fotos, olhei os pés, nada , nenhum problema.

Caminhei sozinha e tranquila, estou ficando mais calma, já estou me acostumando a rotina e ao fuso horário.  Muitos vinhedos e um longo caminho monótono, deu para pensar na vida. Caminhar de manhã sem sol é muito bom, o sol só aparece lá pelas 8:30 , e num caminho reto, é bem legal .

Caminhei tranquila até Longroño, chegeui 12:30 . Ficamos esperando o albergue abrir as 13:30,conheci novas pessoas no caminho , apareceram rostos novos.. Ficamos conversando na fila. Tiramos fotos.


 Miguel e Esperanza conversam com nós brasileiros e com seus colegas espanhois, entre eles eles fala Valenciano que é diferente de espanhol. E nessa regiao tb se fala o basco, que é totalmente diferente, parece grego.  Logo depois de mim chegaram Jorge com Arimei, uma brasileira de Porto Seguro. Albergue bom com hospitaleiros simpáticos. Não consegui dormir, estava elétrica e feliz por estar fazendo bem o caminho. Fui lavar roupa e fiquei conversando com o povo, havia uma pisicininha para se colocarem so pés e as pessoas ficam em volta. Saí  mas o sol estava fortíssimo, voltei e encontrei Jorge e Arimei conversando, ele tratando das bolhas dela. Eu tinha pego uns pregadores que estavam dando sopa, olha só que coisa, e eram do Jorge, ele fez um escandalo,na brincadeira, disse: só podia ser brasileira mesmo, foi hilário.  Mas juro que pensei que esra do albergue, depois me toquei nao cada um leva o seu. Fui deitar mas nao consegui dormir , descansei. Voltei e fui andar com Jorge e Arimei, sao legais, o Jorge ja trabalhou na Aracruz tb como eu, e tb trabalhou na mesma empresa que Arimei, mas não ficamos muito tempo falando de trabalho não, ficamos observando a vida dos espanhóis, boa vida, cidade linda, limpíssima, tudo funcionando bem, muitos mas muitos mesmo bares,café, restaurante nas muitas pracas onde as pessoas ficam, niguém fica em casa, eles ficam nos bares até tarde, desde senhores de 90 anos ate criancas nos carrinhos. Vida agradável.

Voltamos, deitei de novo, nao dormi, às 19:30 combinamos de irmos jantar num restaurante que serve menu peregrino, é o menu deles mais barato para peregrinos, quase td restaurante tem. Fomos jantar no "Assador", menu bom: primeiro macarrao com queijo, depois carne de vaca ultra super gordurosíssima com batatas fritas gordurosas, flan de sobremesa, vinho (nao muito bom nao) e água, o preco era bom 8,5 E.  Na saída encontrei internet a 1 euro por uma hora, fiquei lá atè 21:30, sai correndo pois o albergue fecha as 22 hs e quem está do lado de fora fica mesmo. A Ana tinha aparecido de tarde mas já nao tinha lugar, foi pra outro albergue, nao sei, mas tive a sensação que nossos caminhos serao separados daqui pra frente. Senti que estou emagrecendo...Nao tenho nada para o café de amanhã, nao tinha super aberto, hj é sabado e só farmacia fica aberta,  vou comer meu cholocate e abrir a granola que levei do Brasil.